Dólar à vista termina após nomeação de Mercadante acima

A moeda norte-americana, que abriu a tarde cotada a R$ 5,25, fechou o dia cotada a R$ 5,3153

Aloizio Mercadante Foto: EFE/ Andre Borges
Aloizio Mercadante Foto: EFE/ Andre Borges

A confirmação de Aloisio Mercadante como presidente do BNDES nesta terça-feira (13) reduziu o ímpeto de queda do dólar no mercado local, em meio à deterioração de outros ativos domésticos. A moeda norte-americana, que iniciou a tarde cotada a R$ 5,25, encerrou o dia no segmento à vista cotada a R$ 5,3153 (+0,07%).

A alta só não foi mais intensa por causa da forte queda da moeda norte-americana no exterior, com dados mais fracos de inflação ao consumidor (IPC) e valorização das commodities.

O nome Mercadante do BNDES, anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está reacendendo no mercado os temores de uma tendência heterodoxa no terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de sua própria visão econômica pessoal, o ex-ministro é visto por agentes como um “parceiro” no governo de Dilma Rousseff, de quem foi chefe da Casa Civil, encerrada com a crise de 2015-16.

O mercado também vem acompanhado da formação do restante da equipe econômica, que aguarda os ministros do Planejamento e Indústria e Comércio Exterior. Há também um detalhamento das decisões que o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tomará para sua secretaria. Hoje, o ex-presidente do Banco Fator, Gabriel Galípolo, foi anunciado como secretário-executivo, número dois da pasta.

Todo o movimento em torno da escalação da equipe econômica terminou hoje com a pressão externa descendente se sobrepondo nos minutos finais.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 0,1% em novembro em relação a outubro. A mediana dos analistas ouvidos pela Projeções Broadcast apontou alta maior, de 0,2%. O Core CPI também ficou abaixo do consenso, chegando a 0,2%, ante expectativa de 0,3%.

Os números confirmam uma provável desaceleração no ritmo de alta dos juros pelo Federal Reserve amanhã, além de pressionar Jerome Powell, que tem soado mais dovish em seus últimos discursos, apesar das declarações hawkish dos líderes que compõem o Federal Reserve Comitê. para o mercado aberto (FOMC).

Os dados do CPI viram o comércio DXY em um declínio sustentado em cerca de 104 pontos, apoiando os preços das commodities. O petróleo Brent mais uma vez quebrou a marca de US$ 80 por barril que havia perdido na semana passada. Com os materiais básicos em alta, as moedas dos países que os exportam também se valorizam.

No mercado futuro, o dólar recuou para R$ 5,3145 em janeiro, com queda de 0,66%. O movimento financeiro foi de US$ 14,25 bilhões (R$ 75,43 bilhões).


Fonte: pleno.news

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