Devido ao valor da dívida, R$ 1,4 milhão, a Justiça deferiu a falência
Alexandre Frota Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil |
Com uma dívida superior a R$ 1,4 milhão, o deputado federal Alexandre Frota (PROS-SP) foi declarado falido por um juiz paulista. Sua extensa lista de credores inclui um banco, um juiz, um delegado e o cantor e compositor Chico Buarque. Esses detalhes constam da proposta original protocolada pelo representante legal de Frota na 3ª Vara Cível de SP.
A maior dívida é de 1995, inadimplente em um cheque especial usado pelo Banco Econômico. Em 2006, o deputado foi condenado a pagar R$ 88 mil, mais juros e correção monetária. Atualmente, esse valor chega a R$ 1,282 milhão.
Além desse valor devido ao banco, já estão em fase de execução processos relacionados a dívidas com o desembargador federal Roger Favret, com o delegado federal Rodrigo Moraes Fernandes, com Chico Buarque e com Marina Almeida Martins.
No requerimento, os advogados de Frota acreditam que ele está muito “psicologicamente e materialmente pressionado” e não consegue encontrar outra solução senão a falência.
– Hoje ele inclusive vê seu nome incluído nas listas de restrições ao crédito e com protestos em alguns registros e notas de protesto em São Paulo – argumenta a petição.
TAREFAS ESTABELECIDAS NO PROCESSO DE FALÊNCIA
Banco Econômico S/A: condenação em 2006, débito em cheque especial, à época aproximadamente R$ 88.000. O valor atualizado com juros e correção monetária atinge o patamar de R$ 1,282 milhão.
Francisco Buarque de Holanda: multado em R$ 50 mil pelo artista por acusá-lo de exploração da Lei Rouanet. Em agosto deste ano, Frota anunciou em seu Twitter que havia quitado integralmente a dívida.
Rogério Favreto: Sentença de R$ 50 mil contra juiz federal por danos morais após a divulgação do telefone do juiz. O magistrado concedeu habeas corpus a Lula em 2018, quando o petista ainda estava preso em Curitiba.
Rodrigo Moraes Fernandes: responsável pela investigação da tentativa de assassinato de Jair Bolsonaro por Adélio Bispo em 2018. Fernandes teve o nome implicado em notícia falsa que causaria danos morais e ganharia processo com Frota. Ele tinha direito a uma indenização no valor de R$ 30 mil.
Marina Almeida Martins: a estudante teve duas fotos dela publicadas na publicação de Alexandre Frota para atacar a União Nacional dos Estudantes (UNE). Na sequência, Marina foi agredida por apoiadores de Jair Bolsonaro. Ela tinha direito a indenização em primeira instância no valor de R$ 10 mil, mas o caso ainda não foi julgado.
As informações são da coluna de Ancelmo Goise, de O Globo via pleno.news.