O presidente da Câmara disse que todas as medidas necessárias podem ser tomadas para "fortalecer as instituições".
Arthur Lira, presidente da Câmara, pretende discutir medidas com 'absoluta amplitude' para fortalecer as instituições | Foto: Reprodução |
Após manifestantes contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadirem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto neste domingo, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) afirmou que Executivo, Legislativo e Judiciário estão "mais unidos do que nunca em prol da democracia" e pretendem discutir "de forma absolutamente ampla" com os chefes dos demais poderes "todas as medidas necessárias ao fortalecimento de nossas instituições". .
As declarações foram feitas em sua conta no Twitter: "Coloco-me à disposição de todos os chefes de poderes para marcar uma reunião para deixar absolutamente fora de dúvida que os três poderes estão mais do que nunca unidos em favor da democracia", escreveu ele no final da tarde deste domingo. "Nesta reunião, é claro, poderemos discutir na medida do possível todas as medidas necessárias para fortalecer nossas instituições."Em uma série de postagens cerca de uma hora antes, Arthur Lira já havia comentado na rede social. Segundo ele, o Congresso Nacional “nunca negou a voz a quem quer se manifestar pacificamente”. "Mas nunca deixará espaço para confusão, destruição e vandalismo."
Ele também disse que os responsáveis "que promoveram e encobriram" as ações de domingo "devem ser identificados e punidos nos termos da lei". A democracia "não permite as cenas deprimentes com que o Brasil se surpreende (sic) neste momento", escreveu.
O Congresso Nacional foi atacado várias vezes por manifestantes. Nem sempre tudo acabou bem. Em 2006, cerca de 500 militantes do MST entraram na Câmara dos Deputados e despedaçaram salas e corredores inteiros com cassetetes. O chefe de segurança Normando Fernandes foi hospitalizado com uma fratura no crânio após ser atingido por uma pedra. O busto do governador Mário Covas foi derrubado. Aldo Rebelo era o presidente da Câmara na época. Ele se recusou a aceitar os desordeiros, cujo líder era Bruno Maranhão. Aldo preferiu cautela. O Maranhão quase destruiu a reeleição de Lula. Então ele foi preso e esquecido. Ele morreu em 2014.
Fonte: revistaoeste