Aldo Rebelo condena que ONGs não permitem melhorias para indígenas
Aldo Rebelo Foto: Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado |
O ex-ministro Aldo Rebelo disse nesta sexta-feira (27) que a situação dos Yanomami não é novidade, que o grupo sofre de desnutrição e problemas de saúde há muitas décadas.
Em palestra no Centro Empresarial de Altamira, no Pará, Rebelo contou que visitou a tribo indígena Surucucu, em Roraima, em 2000, quando era presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Rebelo disse que a falta de alimentos torna essa população refém de muitas doenças.
– Você vê essa tragédia Yanomami, que não é nenhuma novidade. Em 2000, fui para aquela área e o general Villas Boas, que era coronel e assessor parlamentar, foi comigo. Uma moça de uma ONG, uma jovem, me deixou entrar, mas o coronel não porque ele era do exército, lembrou.
E ele continuou:
"Você entra nas cabanas e vê fuligem, fumaça, índios com costelas de fora, desnutridos, com tuberculose", relatou.
O ex-ministro disse ainda que diversos pedidos feitos diretamente a ele pelos indígenas não puderam ser atendidos, explicando que isso prejudicaria a cultura local.
Rebelo lembrou ainda que um indígena pediu uma arma para ajudar na caçada, que a mãe disse que a filha estava chorando e queria usar calça jeans. Ele revelou que o número de pessoas que vivem na área não pode sobreviver apenas com o que está disponível para coleta e caça.
– Eles não querem mais isso. O estado não pode forçá-los a viver assim. Eles não têm água nem eletricidade, disse ele, dizendo que as ONGs estão impedindo o acesso a bens básicos porque isso prejudicaria a cultura local.
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Fonte: pleno.news