Artigo critica duramente o modus operandi do presidente no início de sua gestão
Lula Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O Estadão publicou nesta terça-feira (21) um editorial criticando duramente o modus operandi do governo Lula (PT), que, segundo o jornal, parece ter se eleito e voltado ao poder apenas para se vingar dos que puniram e desonraram.
O texto começa abordando uma resolução aprovada pelo Partido dos Trabalhadores em seu Diretório Nacional, onde traz "rancores e mentiras cujo único objetivo parece ser o de reescrever a história recente do país para lavar a alma da militância após uma série de reveses políticos e judiciais sofridos pelo partido".
– Quem lê este documento tem a clara impressão de que o Brasil tem uma dívida praticamente impagável com o PT, principalmente com a Sra. Dilma Rousseff e o presidente Lula da Silva - destaca a publicação.
O editorial reflete sobre a grandeza do nome de Lula e o posiciona como um fenômeno maior até mesmo do que o partido, do que fica claro “que o conteúdo da resolução aprovada pelo partido reflete exatamente o que o presidente da república sente e pensa hoje. "
"E isso não é bom para o país", enfatiza o crítico.
Segundo a fala do veículo, o PT se posiciona como "vítima de 'falsas denúncias' de corrupção na era do mensalão e dos escândalos do petrolão".
– Nesse caso, não é preciso contrariar com muitas evidências factuais as grosseiras mentiras espalhadas pelo PT em sua resolução, até porque daria trabalho desnecessário. Os fanáticos do PT jamais aceitariam o fato indiscutível de que o impeachment de Dilma foi feito estritamente de acordo com a constituição, exceto no caso de preservar os direitos políticos de Dilma em seu resultado ao invés de retirá-los, uma artimanha típica daqueles tempos estranhos. texto.
A análise destaca a atitude sectária dos ferrenhos partidários de Lula, classificados como "leais à seita lulopetista", que se sentem insultados "ao serem comprovados os inúmeros crimes de corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro cometidos por Patota".
O Estadão, crítico feroz do governo anterior e fortemente inclinado ao governo Lula na última campanha, agora se apresenta como uma oposição visceral ao governo do PT, chegando a afirmar em seu artigo que a atual liderança do Brasil não tem compromisso com a reconstrução do país polarizado, inflamado pela política e ideologicamente.
- Não importa se o ressentimento de Lula da Silva e o desejo de vingança que parece animar os dirigentes petistas são reais ou apenas uma tática para manter os militantes mobilizados apesar de algumas decisões impopulares que o governo terá que tomar em breve. O fato é que não é assim que o país é governado - condenou.
E depois de destacar os muitos erros e acertos de Lula e seus comparsas nesse conturbado início de governo, o editorial termina com um aceno ao PT, deixando a porta entreaberta para uma ambiciosa reconciliação.
- O presidente Lula da Silva deve ser generoso e reconhecer a existência do centro democrático liberal que foi essencial para sua vitória, para entender que ele, e não Bolsonaro, era a pessoa mais adequada para governar o Brasil pelos próximos quatro anos - afagou o artigo , empurrando Lulu para o meio.
No último parágrafo da localização textual, o Estadão elogia e aconselha o presidente do PT.
– O ressentimento nunca foi um bom guia. Espera-se que o presidente Lula da Silva entenda bem que neste período da história do país é a diversidade que deve prevalecer, não o espírito carnal.
Fonte: pleno.news