Polícia: ida de Dino à Maré sem o tráfico teria sido impossível

A avaliação é feita por um coronel da PMERJ e um oficial superior da PCERJ

Visita de Flávio Dino a favela Nova Holanda Foto: Reprodução/Vídeo redes sociais

Visita de Flávio Dino a favela Nova Holanda Foto: Reprodução/Vídeo redes sociais


O ex-comandante das operações no Complexo da Maré, coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) Fábio Cajueiro, disse que a visita do ministro da Justiça, Flávio Dino, à favela Nova Holanda não poderia ocorrer sem a autorização do líder do Comando Vermelho.

Dino e sua comitiva apontaram na semana passada que chegaram à comunidade do Complexo da Maré - considerada a mais armada do Brasil - com apenas dois carros. Segundo o ministro, foi um encontro com lideranças e ativistas de direitos humanos, além de delegações da rede internacional Open Society, do bilionário George Soros.

– Não há cidadão no mundo que entraria na Maré com dois carrões, com Insulfilm, sem a anuência e consentimento do tráfico. Tanto é assim que o primeiro-ministro ou qualquer outra força policial entra só com viaturas blindadas, com uma grande operação, com helicópteros. Mesmo assim, a resistência terá grandes dimensões - disse Cajueiro em entrevista à Gazeta do Povo.

O coronel foi categórico ao dizer que "nenhum corpo do Brasil ou de qualquer lugar do mundo entrará ali sem a autorização dos chefes do narcotráfico - seja juiz, procurador, desembargador, ministro, presidente".

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que integrantes descaracterizados da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalhariam no gabinete ministerial. segurança.

Segundo um alto escalão da PCERJ (Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro), que não quis se identificar, porém, a operação com 100 a 200 policiais armados com fuzis - e não pistolas, como no caso do caracterizado erroneamente - para garantir a segurança do ministro.

O policial explicou ainda que as autorizações de entrada de autoridades para o tráfico geralmente são concedidas por ONGs ou associações de moradores e são concedidas a lideranças que não consideram o tráfico uma ameaça.

– Muitas dessas ONGs e associações convidam pessoas de fora para visitar as favelas, e essas pessoas, incrivelmente, não têm nenhum problema com a violência nas favelas. Agora, se for lá alguém de fora, uma viatura ou outro órgão do aparato repressivo do Estado, vai haver problemas sérios - pontuou.



Fonte: pleno.news

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