O ministro da Justiça disse isso na quinta-feira
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| Ministro Flávio Dino Foto: Tom Costa/MJSP |
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta quinta-feira (20) que dados levantados pela atual chefia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que a atuação do órgão no segundo turno foi atípica.
A PRF realizou diversas operações rodoviárias no segundo turno da última eleição presidencial. As ações foram interpretadas como uma tentativa de impedir que os eleitores chegassem ao local de votação apropriado, especialmente em locais onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mais popular.
Dino conversou com repórteres no Ministério da Justiça, ao lado do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, e do diretor-executivo da PRF, Antônio Jorge Azevedo Barbosa.
No dia do segundo turno, segundo o ministro, havia 911 postos de controle, a maioria no Nordeste. A região também foi a região com maior movimentação da PRF em outras métricas como número de ônibus parados e mobilização policial em dias não úteis.
Segundo Dino, o PRF mudou o planejamento que havia feito em setembro entre o primeiro e o segundo turnos. Isso aumentaria o custo da operação em R$ 3 milhões.
Flávio Dino afirmou ainda que em um estado o número de operações no segundo turno foi maior do que no restante do ano. No entanto, ele não especificou qual era o estado.
O ministro da Justiça disse ainda que o ex-ocupante do cargo, Anderson Torres, e o ex-diretor do PRF, Silvinei Vasques, que estiveram no cargo nas eleições de 2022, devem ser explicados.
O diretor-executivo do PRF disse em entrevista que as operações eleitorais custaram um total de R$ 7 milhões e foram desproporcionais. No Nordeste, disse, as ações realizadas durante os festejos de São João foram maiores.
A entrevista com os jornalistas foi feita com o objetivo de divulgar os números levantados pela PRF a mando da CGU. Vinícius Carvalho disse que seu ministério está concluindo o exame de 240 segredos do governo anterior.
Fonte: pleno.news