Folha diz que "bolsonarismo pode dar poder à política" e recua

A frase foi publicada no editorial, mas acabou sendo alterada pelo jornal: "Erramos"

Sede da Folha de S.Paulo Foto: Google Street View

Sede da Folha de S.Paulo Foto: Google Street View


Em editorial publicado nesta quinta-feira (30), a Folha de S. Paulo surpreendeu seus leitores ao afirmar que "o bolsonarismo pode dar força à política brasileira" ao se opor ao PTismo. No entanto, o jornal condicionou esse cenário ao abandono do que chamou de "violência, abordagem antidemocrática e polarização irracional".

A frase levou o jornal a figurar entre os assuntos mais comentados do Twitter. Com isso, a Folha acabou recuando e substituindo o parágrafo por outro menos favorável ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

– O bolsonarismo poderia até liderar uma oposição saudável ao PT se abandonasse a violência e o autoritarismo. Infelizmente, esse não é o desfecho mais provável – diz o novo parágrafo do editorial intitulado Bolsonaro de volta.

A Folha também disse ao final do texto que errou ao publicar a primeira versão do editorial "com conclusão diferente da aprovada para a edição impressa".

"O texto foi corrigido", concluiu.

Primeira versão do editorial da Folha sobre o retorno de Bolsonaro Foto: Reprodução
Primeira versão do editorial da Folha sobre o retorno de Bolsonaro Foto: Reprodução

Primeira versão do editorial da Folha sobre o retorno de Bolsonaro Foto: Reprodução

Segunda versão do editorial da Folha sobre o retorno de Bolsonaro Foto: Reprodução


No entanto, o restante do texto permaneceu inalterado: o editorial abre com uma avaliação de que Bolsonaro teve uma "recepção fria", mas que manteve seu "potencial como líder da oposição". O jornal avança dizendo que a viagem do ex-presidente aos Estados Unidos para evitar a entrega da faixa presidencial "cantou mal entre seus eleitores moderados" e que "os ataques frenéticos de 8 de janeiro intensificaram o cansaço com o radicalismo".

– Se há algum simbolismo nessa chegada melancólica, pouco diz sobre o futuro de Bolsonaro. Dono de imenso capital eleitoral, ele ainda se apresenta como o principal nome da direita nacional - analisa os jornais.

Em sua avaliação, a Folha afirma ainda que "a violação de protocolos é uma das marcas do bolsonarismo" e que o ex-presidente burla as regras para "criar uma identidade de personagem antissistema", mas na realidade não seria diferente de outros. políticos.

O jornal cita ainda as investigações contra o ex-CEO que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que podem torná-lo inelegível, mas julgam que a corrente política que ele promoveu deve se manter por muitos anos.

– Isso, e não da recepção vazia ou das declarações de Bolsonaro, decorre da incerteza sobre seu futuro. Incertezas que, aliás, não dizem respeito ao bolsonarismo, corrente que parece conseguir se manter forte por muito tempo - observou a Folha.



Fonte: plenonews

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