Segundo a certidão, Devanildo teria morrido em 2017 por complicações renais em um hospital particular de Colatina.
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Um saudável capixaba, "vivinho da Silva" que, no entanto, está legalmente morto desde 2017. Esta é a história do pedreiro Devanildo Alves Santos, 44 anos, morador da Cidade da Barra, em Vila Velha, na Grande Vitória, que ao tentar comprar um celular Novo, descobriu que seu CPF havia sido cancelado e, portanto, não "existia mais". " no Sistema Nacional de Pessoas Vivas.
Ele ainda recebeu a própria certidão de óbito com seu RG, nome completo, pais e outros dados pessoais. Tudo confere, exceto que ainda está vivo e funcionando normalmente.
“Fui tentar comprar um celular aí cheguei na loja e falaram que estou com o CPF inativo. Fui a outra loja e eles tiveram a mesma conversa novamente. A terceira loja me disse para ir à Receita. Só quando fui à Receita Federal é que descobri que tinha esse atestado de óbito em meu nome”, disse o pedreiro.
De acordo com o atestado, Devanildo teria morrido em 2017 por complicações renais em um hospital particular de Colatina, no noroeste do Espírito Santo. Mas ele acredita que na verdade foi vítima de algum tipo de fraude.
“Acho que foi clonagem. Porque na Receita a entrada era dada RG e naquela época eu ainda não tinha esse RG. Meu RG é novo, está no estado daqui. E o outro antigo é baiano. Como pode ser isso?”, disse.
A história fica ainda mais estranha quando ele mesmo conta que nesse período, quando já estaria morto, com a certidão de óbito em seu nome, ainda conseguiu emitir um novo RG e votar normalmente em todas as eleições.
Além de tentar entender como tudo aconteceu, ele também está tentando recuperar o CPF e poder fazer as coisas que os outros fazem de novo, como fazer compras em lojas e até o processo de separação.
"Dia após dia eles nos impedem de tirar carteira de motorista, marcar hora."
Devanildo foi procurar a polícia, mas não houve resposta. Ele foi para a UO, mas ninguém poderia ajudá-lo. Foi assim que a construtora chegou ao advogado Marcos Diaco.
“A primeira coisa que tentamos fazer é pedir ao juiz que declare que não há morte. Tecnicamente, eles estão falando sobre a inexistência de um fato jurídico. E a segunda coisa que é consequência desse primeiro pedido é o cancelamento da certificação, o cancelamento do registro para que possamos ser declarados vivos novamente", explicou.
Enquanto isso, Devanildo segue a vida como pode. "Foi um grande susto na hora que descobri, mas já tentei normalizar e ainda não consigo."
A Polícia Civil informou que o departamento de identificação está investigando se há indícios de fraude. O Tribunal Regional Eleitoral disse que o voto de Devanild foi biométrico e que a impressão digital é única e prova de vida.
EP Estado do Pará com informações do G1 Espírito Santo
Fonte: estadodoparanews.com.br