Na CPI, o general se defendeu das acusações de que teria conspirado para derrubar o país
General Augusto Heleno Foto: Câmara dos Deputados/Cleia Viana |
Nesta quinta-feira (1º), o general Augusto Heleno negou ter tramado um "golpe" político no Brasil, dizendo que o termo estava sendo usado levianamente. Segundo ele, é preciso que o uso da expressão se aplique não apenas às manifestações de insatisfação com o governo eleito, mas a toda a situação.
As declarações foram feitas durante audiência do general na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre leis antidemocráticas, instalada na Câmara Legislativa do Circuito Federal (CLDF).
– A forma como a palavra “golpe” é tratada não é adequada. Um golpe tem que ter um líder, um líder principal, essa não é uma posição fácil, ainda mais em um país como o Brasil. Este termo golpe é usado com extrema blasfêmia. Não é fácil avaliar que uma manifestação, uma manifestação de insatisfação, pode ser caracterizada como golpe – afirmou segundo o portal Metrópoles.
Na época, Heleno disse que nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nem seus aliados políticos estavam realizando reuniões para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo os militares, trata-se de "fantasia narrativa".
O general também foi questionado por que os militares não se pronunciaram sobre o reconhecimento da vitória do PT, e em resposta disse "não há porque dizer isso". Heleno afirmou que as Forças Armadas sempre foram pautadas pela "lei" e pela "democracia".
– Como ministro, não poderia passar pelo presidente e declarar algo que era da competência dele – acrescentou Helena.
Fonte: pleno.news