Lula teve reunião com líderes da Câmara, mas alguns deles viajaram com Lira para São Paulo
Arthur Lira Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados |
A reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para esta segunda-feira (5) com os líderes dos partidos da Câmara foi cancelada, segundo o Estadão. A reunião seria uma espécie de agradecimento do presidente da mesa aos representantes pela aprovação da Medida Provisória dos ministérios.
O primeiro-ministro na Câmara, José Guimarães (PT-CE), enviou uma mensagem aos líderes partidários informando que a reunião foi cancelada por "motivos de agenda" do presidente. No entanto, o encontro seria cancelado porque o prefeito Arthur Lira (PP-AL) levou líderes partidários a São Paulo nesta segunda-feira para um evento da Esfera Brasil.
Mais cedo, Lula e Lira se encontraram no Palácio da Alvorada.
Os dirigentes Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Hugo Motta (Republicanos-PB) e André Fufuca (PP-MA) viajaram com Lira para a capital paulista.
Por dificuldades de articulação política, o governo arriscou o fim do mandato do MP dos ministérios na semana passada. Na véspera da votação, na terça-feira (30), o Planalto liberou R$ 1 bilhão em emendas parlamentares. Do início do governo até o final de maio, já foram liberados R$ 5,5 bilhões nas emendas. A reunião do petista com representantes do Senado está preservada até os dias atuais.
Guimarães disse que a reunião será remarcada, sem especificar quando. Nos bastidores, porém, há outras versões sobre o adiamento do encontro. Líderes acreditam que não era o momento certo para um encontro com Lula, dada a insatisfação da Câmara com o governo ainda em vigor. Os parlamentares dizem que a reunião não resolveria as demandas da Câmara e serviria apenas como um aceno de aprovação a Lula.
A ideia do encontro era iniciar uma aproximação para melhorar a relação do Planalto com a Câmara para evitar o mesmo sufoco que o governo experimentou com a MP ministerial. Diante da insatisfação com o ritmo de edição de emendas, preenchimento de cargos regionais e tratamento das bancadas parlamentares, os parlamentares ameaçaram retaliar o governo por não concordar com a medida provisória, o que levaria à perda de cargos de 17 ministros.
Fonte: pleno.news