Discurso do senador foi usado pelo PSOL para pedir cassação do seu mandato
Senador Hamilton Mourão Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado |
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente Jair Bolsonaro (PL), rejeitou nesta sexta-feira (9) acusações de que incitou os militares a uma reação que poderia levar a uma “cisão institucional” à luz da ação do Conselho Federal Polícia (PF) que investiga tentativa de golpe de Estado.
Em discurso proferido no Senado nesta quinta-feira (8), Mourão declarou que o Brasil enfrenta uma situação de “anormalidade” e que as Forças Armadas terão que responder a “arbitragens” e processos ilegais conduzidos pela autoridade suprema federal. Tribunal (STF).
As declarações do senador tiveram ampla repercussão nas redes sociais e na mídia. O PSOL anunciou que vai registrar reclamação no Conselho de Ética do Senado solicitando a cassação do mandato do deputado.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, Mourão reiterou seu compromisso com a legalidade e negou as acusações feitas por seus críticos.
- Mourão enfatizou que o país enfrenta uma situação de anormalidade, mas mesmo assim é preciso “recuar claramente de qualquer posição que seja radical, disruptiva, mas devemos rejeitar os fatos que estão acontecendo...”. Ao declarar que “os comandantes não podem ficar calados face à condução arbitrária de julgamentos ilegais”, não incitou nem se referiu a qualquer tipo de subversão institucional ou golpe de Estado, afirma o texto do assessor do MP.
A declaração também condena a alegada tentativa de difamação por parte dos seus adversários políticos:
- Quaisquer acusações e insinuações relacionadas às palavras proferidas pelo senador Hamilton Mourão no discurso de ontem [quinta-feira (8)] são completamente infundadas e fazem parte do jogo político e das narrativas daqueles que tentam denegrir a oposição a todo custo.
Fonte: pleno.news