A Operação Tempus Veritatis também tem como alvo aliados e ex-ministros de Bolsonaro
Jair Bolsonaro Foto: Andre Borges/EFE/EFEVISUAL |
Além de aliados e ex-ministros do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, também mirou o próprio ex-chefe do Executivo. Segundo o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, a corporação foi até a residência de verão de Bolsonaro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e pediu que ele entregasse o passaporte.
Em relação ao veículo, o próprio Bolsonaro confirmou ter recebido da polícia e também ordem de que teria 24 horas para entregar o documento, que está guardado no Brasil. O ex-presidente disse ainda que foi alvo de uma medida cautelar que o proíbe de entrar em contato com outras pessoas sob investigação, mesmo por meio de advogados.
Por fim, Bolsonaro anunciou que a polícia executou um mandado de busca em sua casa e apreendeu Tércio Arnaud, assessor do ex-presidente que o acompanhou em Angra. Segundo o ex-CEO, os agentes apreenderam o celular de Tércio.
SOBRE A OPERAÇÃO
A ação, batizada de Tempus Veritatis, teria, segundo a PF, como objetivo investigar a existência de uma suposta organização que agiu para obter vantagem política ao manter Bolsonaro no poder.
Nesta quinta-feira, foram executados 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas provisórias não privativas de liberdade expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
A ação atinge os ex-ministros da Justiça Anderson Torres; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, general Walter Braga Netto; o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira; e até mesmo o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, segundo a CNN Brasil.
Entre os presos estão o ex-assessor do presidente para assuntos internacionais, Filipe Martins, e o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro.
Fonte: pleno.news